14ª Maratona de Curitiba

Segunda Maratona do ano (e da carreira); um mês e onze dias após a de Buenos Aires.

Apesar da confusão na entrega dos kits e na premiação, a prova estava bem organizada.
Escoteiros animados entregando água natural ou gelada e isotônico.
O clima estava um pouco abafado. Vento praticamente só na chegada.
O tempo estava nublado até próximo do Km 25 se não me engano, depois o sol veio com força.
Larguei e procureri manter um ritmo de 5 minutos e pouco por quilômetro. Consegui sustentar até o Km 27. Dali em diante foi subindo 6,7, 8 min/Km.
Tornozelo direito incomodando quase desde o início e a partir do Km 30 dor na bacia/virilha, sei lá; indefinível. Suficiente para ter que parar completamente algumas vezes e tentar alongar. Fui levando na base do trote/caminhada/parada até quase a chegada.
Pra ajudar na tensão, de ultima hora troquei a camiseta pela regata devido ao calor e esqueci da vaselina. Resultado: parte interna do braço esquerdo um pouco assada já no Km 15. O jeito foi correr com eles mais afastados do corpo, o que tensionou a musculatura do ombro.
Depois de 30 Km tudo começa a irritar. Ombro tenso, camiseta pesa, bermuda parece apertar...
No quilômetro final o diafragma parecia estar contraído. Respiração curta e ofegante sem conseguir aproveitar direito o ar. Depois que cruzei a linha de chegada e parei a frequencia da respiração aumentou e continuava curta. Sensação ruim, quase chamei o policial que estava próximo pra pedir um médico.
Tentei me acalmar (gato escaldado tem medo de água fria, como diz o ditado), caminhei um pouco e peguei um isotônico. Melhorou um pouco a sensação.

Ainda não foi desta vez que consegui terminar como gostaria - sem dores. Mas o lado positivo é que estou muito mais inteiro que Buenos Aires, apesar das dores nos joelhos e tornozelo direito.

Agradecimento ao meu treinador, Alexandre Perdão, pela força no Km 37. Debaixo daquele sol um rosto conhecido foi muito bom.



"A dor é temporária. Ela pode durar um minuto, ou uma hora, ou um dia, ou um ano, mas finalmente ela acabará e alguma outra coisa tomará o seu lugar. Se eu paro, no entanto, ela dura para sempre. "
(Lance Armstrong)